quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Amor




A vida é uma oportunidade. É o solo no qual as rosas do amor florescem.
O amor, em si mesmo é precioso, não tem nenhum objetivo, não tem significado. Ele tem imensa importância, tem imensa alegria, tem um êxtase próprio, mas esses não são significados. O amor não é um negócio no qual objetivos, metas, tenham importância.
Existe sempre uma  certa loucura no amor.
E o que é essa loucura? A loucura é que você não consegue provas porque você ama. Você não pode dar qualquer resposta sensata para o seu amor. Você pode dizer que faz um determinado negócio, porque precisa de dinheiro; você precisa de dinheiro porque precisa de uma casa; você precisa de uma casa, porque como você pode viver sem uma casa?
Na vida comum, tudo tem algum objetivo, mas para o amor você não pode dar qualquer motivo. Você pode simplesmente dizer: “Eu não sei. Tudo que sei é que amar é experimentar o mais belo espaço dentro de si mesmo”. Mas isso não é um objetivo. Este espaço não é cerebral. Este espaço não pode ser transformado numa utilidade. Este espaço é, ao contrário, um botão de rosa com uma gota de orvalho em cima, brilhando como uma pérola.
E na brisa da manhã, o botão de rosa está dançando ao sol.
O amor é a dança da sua vida.
Conseqüentemente, aqueles que não sabem o que é o amor perderam a própria dança da vida; perderam a oportunidade de cultivar rosas. Por esta razão, para a mente mundana,  calculista, para a mente computador, para o matemático,  o economista,  o político, o amor parece ser um tipo de loucura.
Mas para aqueles que conhecem o amor, o amor é a única sanidade. Sem amor, um homem pode ser rico, saudável, famoso; mas ele não pode se são de espírito, porque nada sabe a respeito dos valores intrínsecos.
A sanidade não é nada além da fragrância de rosas desabrochando em seu coração. O amor é a maior força curativa da vida. Aqueles que deixam de vivê-lo permaneceram vazios, irrealizados. A loucura comum não tem método, mas a loucura chamada amor contém um certo método. Que método é esse? Ele o faz alegre, torna sua vida uma canção, traz uma imensa graça para você.
Você já observou as pessoas? Quando alguém se apaixona, não é preciso que declare isso. Você pode ver  que eu seus olhos  surgiu uma nova profundidade. Você pode ver, em seu rosto, uma nova graça, uma nova beleza. Você pode ver, no seu andar, uma dança sutil. É a mesma pessoa, e, todavia não é a mesma pessoa. O amor entrou em sua vida, a primavera chegou ao seu ser, às flores desabrocham de sua alma.
O amor traz transformações imediatas.
O homem que não pode amar, tampouco pode ser inteligente; não pode ser gracioso, não pode ser bonito.
Todos os ensinadores religiosos tem lhe ensinado que sua vida é fútil porque ela não passa de uma bolha de sabão. Hoje ela existe amanhã ela se foi. Sua vida neste mundo, neste corpo, não tem o menor valor, porque ela é momentânea. Sua única utilidade é que você pode renunciar a ela. E, ao renunciar à vida, você pode alcançar a virtude aos olhos de Deus.
É uma estranha ideologia! Mas  ela tem dominado a mente humana por séculos, sem jamais ter sido questionada. Particularmente no Oriente, o mundo é ilusório. E porque é ilusório? Porque ele está sempre mudando; tudo aquilo que muda não tem valor, a menor utilidade. Apenas o permanente, aquilo que sempre se mantém igual, é significativo. E você não pode encontrar nada no mundo que sempre permaneça igual. Toda essa abordagem está baseada  na ênfase de que o mundo é uma ilusão porque ele é impermanente. “Busque o permanente e renuncie ao impermanente.” Esta é de certa forma, a atitude de todas as religiões do mundo.
Exceto a mudança, tudo o mais muda. A menos que você  queira fazer da mudança um deus, porque essa é a única coisa permanente do mundo. Você não pode encontrar qualquer outra coisa que lhe possa  dar uma simples indicação de um deus permanente.
Ame a vida, porque a vida é uma coisa que muda. É um fluxo, a cada momento. Quando entrou nesse HALL, você  era uma pessoa; quando deixar este HALL você não será a mesma pessoa. Você apenas parece ser o mesmo.
As pessoas que mais conhecem a respeito da felicidade, são aquelas que estão em harmonia com a mutação da vida, que até mesmo amar bolhas de sabão brilhando ao sol, criando pequenos arco-íris. Essas são as pessoas que mais conhecem a felicidade, o amor... E quanto mais amam mais aceitam as mudanças como um fato inerente à própria vida, à sua própria existência.

Pax!!!



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