sábado, 18 de junho de 2011

Meu universo é colorido! E o seu?




Essa visão só depende de você. Você é responsável pela sua própria visão e ninguém mais. Porque tudo depende do que você faz consigo mesmo.
O homem nasce para atingir a vida, mas tudo depende dele. Ele pode seguir fazendo tudo como sempre faz, respirando, comendo, trabalhando e envelhecendo indo na direção do túmulo. Mas isso é uma morte gradual, do berço ao túmulo, uma morte gradual com a duração de setenta ou oitenta anos. E milhões de pessoas se encontram nessa situação e tanto que começamos a imitá-los.
Precisamos entender o que é a vida. A vida não é simplesmente só envelhecer e sim um desenvolver-se. Porque envelhecer qualquer animal é capaz. Mas desenvolver-se é uma prerrogativa dos seres humanos e somente uns poucos reivindicam o direito. Desenvolver-se significa mover-se a cada momento mais profundamente no princípio da vida; significa afastar-se da morte, mas não na direção da morte. E quanto mais profundo você vai para dentro da vida, mais entende a imortalidade dentro de você e aí você está se afastando da morte e chega um momento quando você pode ver que a morte não é nada, apenas um trocar de roupas ou trocar de casa, trocar de formas, porque nada morre. A morte é a maior das ilusões que existe.
E para desenvolver-se, simplesmente observe uma árvore. Enquanto ela cresce, suas raízes estão crescendo para baixo, mais profundas. Existe um equilíbrio; quanto mais alto a árvore for, mais fundo as raízes irão. Você não pode ter uma árvore de cento e cinqüenta anos e muito alta com pequenas raízes, elas não poderiam suportar tal árvore imensa. Na vida, se desenvolver significa crescer profundamente para dentro de você mesmo, que é onde suas raízes estão.
E o primeiro requisito para isso acontecer é a meditação. E sendo a infância o melhor momento. Porque à medida que você envelhece significa que você está chegando perto da morte e se torna mais difícil entrar em meditação. E meditação significa entrar na sua imortalidade, entrar na sua eternidade, na divindade. E a criança é a pessoa mais qualificada porque ela ainda está sem a carga da educação e todos os tipos de lixos. Ela é inocente. Mas infelizmente a sua inocência está sendo condenada como ignorância. Ignorância e inocência têm uma similaridade, mas elas não são a mesma coisa. Ignorância também é um estado de não conhecimento, tanto quanto a inocência é. Mas existe também uma grande diferença, que passou despercebida por toda a humanidade até agora. A inocência não é instruída, mas também não é desejosa de ser instruída. Ela é totalmente contente, preenchida.
Então precisamos demarcar uma linha entre a ignorância e inocência.  A inocência tem que ser apoiada, protegida. Porque a criança trouxe com ela o maior tesouro, o tesouro que os sábios encontram depois de muitos esforços árduos. Os sábios têm dito que se tornaram crianças novamente, que eles renasceram.
Portanto sempre que você perceber que perdeu a oportunidade da vida, o primeiro princípio a ser trazido de volta é a inocência. Abandone o seu conhecimento, esqueça suas escrituras, religiões, teologias e filosofias. E nasça novamente, torne-se inocente e a possibilidade está em suas mãos. Limpe sua mente de tudo que não é conhecido por você, de tudo que é emprestado, tudo que veio da tradição, convenção, tudo o que lhe foi dado pelos outros. Simplesmente desfaça-se disso e novamente seja simples, mais uma vez seja uma criança. E este milagre é possível pela meditação.
Meditação é apenas um método cirúrgico não convencional que o corta de tudo aquilo que não é seu e só salva aquilo que é o seu autêntico ser. Ela queima tudo o mais e o deixa nu, sozinho embaixo do sol, no vento. É como se você fosse o primeiro homem que tivesse descido na terra, que não sabe nada, que tem que descobrir tudo, que tem que ser um buscador, que tem ir à peregrinação.
Sim peregrinação. Porque a vida deve ser uma busca, não um desejo, mas uma pesquisa, não uma ambição para tornar-se isto ou aquilo. Mas sim uma pesquisa para encontrar “Quem sou eu”?  Porque as pessoas não sabem quem elas são e estão tentando se tornar alguém. Elas nem mesmo sabem quem elas são neste momento. Elas não conhecem seus seres, mas elas têm um objetivo de vir a ser. E o vir a ser é a doença da alma. O ser é você e descobrir o seu ser é o começo da vida. Então a cada momento é uma nova descoberta, cada momento traz uma alegria. Um novo mistério abre as suas portas, um novo amor começa a crescer em você, uma nova compaixão que você nunca sentiu antes, uma nova possibilidade a respeito da beleza e bondade.
Você se torna sensível. E esta sensibilidade criará novas amizades para você, amizades com as árvores, os pássaros, com os animais, com as montanhas, com os rios, com os oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica enquanto o amor cresce, enquanto a amizade cresce.
Quando você se torna mais sensível, a vida se torna maior, mais colorida, mais amorosa. Porque a vida não é um pequeno poço e oceânica. Ela não é confinada somente a você e sim a toda existência e toda a existência se tornam sua família.  E então você conheceu o que é a vida, porque somos todos conectados. Nós somos um vasto continente, unidos de mil maneiras. E se o nosso coração não está cheio de amor pelo todo, na mesma proporção a nossa vida é diminuída.  E a meditação traz essa sensibilidade, uma grande sensação de pertencer ao mundo. Este é nosso mundo, as estrelas são nossas e nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. Nós somos parte dela, somos o coração dela.
Pense nisso. A vida é uma grande oportunidade de vermos o grande amor que a existência tem por nós.
Pax!!!