terça-feira, 17 de maio de 2011

Indivíduo e Personalidade...




Uma coisa é a personalidade e a segunda é a individualidade. Existe uma diferença imensa, precisamos compreender algumas diferenças.
A personalidade é a sua circunferência, não o seu centro. A criança quando nasce nós começamos a lhe dar personalidade, educando-a, dando-lhe certas atitudes, crenças e ideologias. E lentamente tijolo a tijolo, nós criamos uma estrutura à volta dela na qual ela fica aprisionada, e de tal modo que ela começa a se identificar com o edifício criado, pelos outros a volta dela. Aí ela não se sente mais aprisionada.
E é ai que está um grande toque “De Cair a Ficha”...ou um insight... “O sentir-se aprisionado”!!! Porque a partir desse momento, a pessoa começa a fazer esforços para ser livre. Seja lá o que você for, porque você é uma criação dos outros. Você deve ter sido empurrado e puxado de todas as direções, deram a você certa forma. E esta não é sua originalidade, é algo que foi imposto a você. E você conheceu isso por tanto tempo que nem se lembra que você pode ser uma outra pessoa. E você é uma outra pessoa lá no seu íntimo. Você não é essa personalidade. E essa confusão prevalece por todo mundo.
Porque quando você está confuso e procurar por ajuda, ou procurar um terapeuta, você procura uma saída para essa personalidade confusa, porque ela está brigando dentro de você com sua outra pessoa ai dentro de você. E o trabalho do terapeuta deveria ser desconstruir essa sua personalidade. Mas que não acontece, porque os próprios terapeutas desconhecem o seu ser.
Porque destruir a sua personalidade é o único meio de ajudá-lo a descobrir a sua individualidade. A individualidade é a sua face original, é o jeito que Deus quis que você fosse, é o jeito que você foi feito por ele. A sua individualidade tem a assinatura de Deus. Mas a sua personalidade é um fenômeno social. Desse modo, há tantas personalidades no mundo, hinduístas, muçulmanas, cristãs e etc.
Individualidade é simplesmente individualidade. Ela não é cristã, nem muçulmana e nem hindu. É a personalidade que tem tais divisões, categorias ou aspectos.
A personalidade é sempre teimosa; a individualidade, jamais. A personalidade tem que ser teimosa, porque ela é falsa. Se ela não for teimosa, ela não pode existir, absolutamente. Ela tem se der mantida continuamente, você tem que lutar por ela. A personalidade consiste em nada mais que “EGO”, é pensar em só si mesmo, avareza, raiva, violência, porque lá no fundo, você está ciente do temor, do medo da morte. Lá no fundo você conhece a sua inferioridade. A personalidade vangloria-se da superioridade. Sempre: seja lá o que for a personalidade se vangloria, a realidade é exatamente o oposto. Se você estiver se sentindo não-inteligente por dentro, sua personalidade projetará inteligência. Se você estiver sentindo não-amoroso por dentro, a sua personalidade criará uma muito doce, sorridente qualidade amorosa.
E não é apenas para enganar os outros, mas acima disso é basicamente para enganar a si mesmo. Você quer esquecer-se do seu desamor. Se você estiver sentindo vazio por dentro, a sua personalidade começará a ajuntar mil e uma posses, acumular coisas.
Por isso muitas grandes personalidades que passaram na terra foram muito teimosas, porque essas pessoas vieram apenas como personalidades, e muito teimosas. E elas tinham que ser teimosas, porque sabiam que se não fossem teimosos, se não estivessem continuamente lutando, aquela personalidade desaparecia, porque ela é um fenômeno falso. Ela não é uma realidade; é fabricada pela mente e desse modo a mente tem de continuar descobrindo mais amparos para aquilo.
Mas a individualidade é sem “EGO”, ela não pensa em só si mesmo, é um estado de não mente. Ela não tem ambições, nem desejos, porque ela é imensamente preenchida apenas por ela mesma. Ela não precisa lutar pela sua existência, porque ela jê é existencial. Ela não pode ser destruída, ela é indestrutível, porém não é forte. É muito frágil, jamais agressiva, sempre receptiva. Jamais de gaba, não há necessidade, porque não há nenhum complexo de inferioridade em si. Não que ela se sinta superior. Esses são aspectos da mesma moeda. O inferior e o superior.
A verdadeira pessoa, o ser autêntico, o indivíduo, não é nem inferior e nem superior. É simplesmente ele mesmo. Jamais se comprara com as outras. A idéia de comparação não surge, absolutamente; ela sabe que todos têm individualidades únicas.
A própria palavra “INDIVIDUALIDADE” significa “INDIVISÍVEL”, aquilo que não se pode dividir. A individualidade é orgânica. A personalidade é uma colcha de retalhos, uma coisa daqui, outra coisa dali. Você vai coletando e, portanto, está sempre com medo de que aquilo possa ser tomado de volta a qualquer momento.
Porque a personalidade é sempre dependente dos outros. Por ser dependente dos outros, ela é prisioneira, e por ser dependente dos outros, ela tem que ser teimosa. Caso contrário, os outros farão de você um absoluto escravo, eles o reduzirão a uma coisa somente. Por isso você precisa ser teimoso, tem de lutar, tem de batalhar pela sobrevivência.
O Yoga, a individualidade jamais é teimosa. A individualidade é muito líquida, muito fluente, assim como um rio que vai se movendo para o oceano. Não tem rota fixa, não tem nenhuma idéia fixa de que direção tomar, não tem planos. Ela se ajusta as situações. Porque ela é muito ajustada.
Mas a personalidade não é ajustada. Ela precisa sempre estar de guarda, não é líquida, é sempre muito sólida. Mas a personalidade é um falso fenômeno. Não pode lhe trazer nenhuma alegria, não pode lhe dar o senso do divino. Ela é um fenômeno humano, uma estrutura humana. Ela o manterá vazio, insignificante, irá mantê-lo miserável.
A individualidade torna a sua vida significante. Ela torna a sua vida uma linda canção, mas a canção não é mais sua, a canção é de Deus. A individualidade é divina. Você se torna uma flauta nos lábios de Deus, ou nos lábios de toda a Existência. Aí então, seja o que for que o todo queira. Você o permite.
Pax!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Estar grávida é...


É ler 50 vezes o resultado positivo do exame para ter certeza que está correto. 
É ficar chocada ao saber que uma gestação dura 40 semanas e não nove meses como todo mundo diz por aí. 
É se pegar imaginando, por horas a fio, como será os olhos, os cabelos e a pele do filho que vai chegar. 
É torcer, e muuuuuuito, para que ele nasça perfeito e saudável.
É nunca mais dizer: Aiiii..., se fosse meu filho!' quando encontrar uma criança tendo acessos de birra no corredor de um shopping Center. 
É sair na rua e só enxergar mulheres grávidas. 
É ter sono, muito sono. 
É esperar ansiosamente pelo dia do ultra som, e assim que sair de lá, esperar ansiosamente pelo próximo! 
É aprender a enxergar o filho nas manchas de uma ultra-sonografia. 
É ler muito sobre gravidez, pular o capitulo do parto (pois ainda é muito cedo pra se preocupar) e ir direto para os cuidados com o bebê. 
É ir ao shopping e desejar apenas coisinhas para o filho. 
É torcer para ficar barriguda. 
É ficar muito esquisita e descobrir uma incrível capacidade de sentir todas as emoções em uma hora, da alegria descontrolada ao mau humor sem fim. 
É acordar várias vezes de madrugada para fazer xixi. 
É reparar que seu marido fica muito mais interessante como pai do seu filho e perceber que foi o único homem capaz de te presentear com tamanha alegria. 
É rir sozinha ao sentir o bebê mexer, mesmo que ele te acordes várias vezes durante a noite, porque você não esta numa posição confortável para ele. 
É acreditar num mundo melhor e que ainda existe uma possibilidade de viver uma experiência única.
Pax!!!