segunda-feira, 12 de novembro de 2012



Praticamente todos os problemas da humanidade são um resultado do pecado e culpa que as supostas religiões impõem


No cristianismo o conceito de pecado cria uma consciência diferente aos seu redor. E este conceito já está ausente na mente oriental, porém é substituído pelo conceito de ignorância. Na consciência oriental, a raiz de todo o mal é a ignorância, não o pecado. O mal está ali porque você é ignorante e logo o problema não é de culpa, mas de disciplina. Você tem de ser mais consciente mais conhecedor. No oriente, o conhecimento é a transformação.
No cristianismo, o pecado tornou-se o centro e não é apenas o seu pecado. É o pecado original da humanidade. Você está carregado com o conceito de pecado e isto cria culpa, tensão. E por isso o cristianismo não pode desenvolver técnicas meditativas e só desenvolveu a oração. O que você pode fazer para combater o pecado? Você pode orar.
Portanto as pessoas do ocidente a culpa é o grande problema, porque no fundo elas sempre se sentem culpadas e isso é um problema psicológico relacionado com a mente.
E essa culpa precisa ser aliviada e por isso que teve se desenvolver a psicanálise e a confissão. No ocidente você tem que se confessar, porque somente então você pode se livrar da culpa, ou você tem que procurar um psicoterapeuta para jogar fora essa culpa. Mas lá no fundo ela permanece, porque ela nunca consegue sair completamente. São apenas ajudas temporárias contra algo que foi aceito lá traz, porque esse conceito de pecado ou a raiz da doença, foi aceita dentro do você.
No oriente não é uma questão de psicologia. É mais uma questão de ser. Não é uma questão de saúde mental, mas mais uma questão de crescimento espiritual. Você tem que crescer espiritualmente, ser mais consciente das coisas. Você não tem que mudar seu comportamento, mas sim a sua consciência.
 
Portanto qualquer que seja a religião, não importa que seja cristianismo, budismo, islamismo, hinduísmo, não importa qual "ISMO" que você queira seguir vai encontrar problemas. Seja um sem religião, isso não significa que você não seja religioso.
Você ser religioso não tem nada haver com pertencer a uma religião em específico ou pertencer a alguma igreja.
Religião é uma jornada para dentro, e a meditação é o caminho. E a meditação leva você a sua consciência e tão profundamente quanto possível. E esta chegada ao centro é uma explosão e que transforma tudo. Você nunca mais será o mesmo depois dessa explosão. Você saberá que o seu corpo é apenas uma concha externa, que a mente é um pouco mais interna, mas que não é o seu núcleo interior ainda.
Você começa a sentir que você não é mais aquela velha pessoa insípida que você sempre foi, você começa a sentir uma energia inexaurível que você não tinha consciência antes.
Isso é ser religioso, religioso é perceber que você tem toda uma existência a sua volta, que você chame de deus ou não, não importa. Mas isso não um deus morto que as supostas religiões nos pregam e impõem que existe um deus sentado lá no céu esperando você no paraíso, não existe nenhum salvador, ou a ideia de que existe um deus para nos cuidar. Esse deus não existe. Isso é uma ilusão, uma coisa muito fantasiosa.
A verdadeira religiosidade está dentro de você, você pode ir a uma igreja, a uma mesquita, a uma sinagoga, mas isso é uma mera formalidade, é somente uma conformidade social. Mas a verdadeira religião nasce dentro de você, está dentro de você, você só precisa buscá-la, ir para dentro de si mesmo. A fonte está dentro de você, no seu núcleo e quando você chegar lá, você estará na sua completude, então todo o seu ser se tornará luz, cheio de alegria, de êxtase. Então você pode ser religioso e você é.